terça-feira, 9 de março de 2010

AQUI CABE A PERGUNTA: O QUE FAZER?

Por Isabel Crippa
Percebo na escola onde trabalho, alunos totalmente desmotivados para o aprendizado, resistentes a toda a forma de limite. Parecem que vivem num mundo a parte, isentos de toda e qualquer regra que não sejam as deles mesmos. A televisão e o Orkut exercem total influência sobre suas vidas.
A disciplina de Língua Portuguesa, por ser a língua mãe, exige muito comprometimento do aluno, pois o mesmo para ler e compreender um texto precisa de ambiente calmo, relativamente silencioso, coisa que não temos em nossas salas de aula.
Crianças das mais diferentes classes sociais, com históricos familiares dos mais diversos, são colocadas nas salas de aula para "aprender", aprender o quê?
Crianças que não são especiais, mas que tem a saúde mental abalada por históricos familiares dos mais diversos, desde o abuso sexual a negligência propriamente dita.
Pais que não estão e nunca estarão preparados para terem filhos, fazem isso em demasia, os criam sem a menor noção de valores, e depois os mandam para a escola, achando que ela fará o milagre de incutir valores que são de seu compromisso, visto que a família é a célula primeira da sociedade.
Aqui cabe a pergunta: o que fazer? Gostaria de ter uma resposta.

2 comentários:

Eu e a Animação disse...

Olá

Na verdade deparo-me com o mesmo problema todos os dias... é de lamentar que os pais se demitam das suas responsabilidade e não permitam que a escola trabalhe a 100% pelos seus impedimentos ou atitudes contra a instituição. Na verdade, vontade de fazer há muita, mas não consigo responder com confiança à tua pergunta. Um trabalho de mediação era essencial. Trabalhar famílias para elas trabalharem com a escola. Não sei, é uma opinião. Não podemos apenas exigir aos pais que compareçam na escola no dia de reunião com a Directora da Turma. É essencial trabalhar com os pais todos os dias, pois ser pai é complicado e há pais que necessitam de ajuda para conseguirem realizar a sua tarefa.

Cumprimentos,
Marlene Nunes
Animadora Educativa e Sociocultural

Anônimo disse...

Quero te parabenizar por este gesto grandioso de valorizar a última flor do lácio inculta e bela, pois num tempo que homens públicos do mais alto escalão demonstram não se interessar por ela e o sistema faz sobrepujar outros idiomas, este blog exalta a beleza que encerra o vernáculo.

Luiz Alberto Cavalcanti Filho
almanua-almanua.blogspot.com.br